Escritores em cena por Cibele Laurentino: "Antes do fim do riso", sátira sobre o controle social e a repressão de emoções
Bert Jr., natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é um nome em ascensão no cenário literário contemporâneo brasileiro, reconhecido por sua habilidade em transitar entre diferentes gêneros. Sua estreia na ficção aconteceu em 2020 com Fict-Essays e contos mais leves (Ed. Labrador), que apresentou ao público sua veia narrativa e seu olhar atento às nuances do cotidiano. No ano seguinte, aventurou-se pela poesia com Eu canto o ípsilon e mais (Ed. Labrador), demonstrando uma sensibilidade linguística e um domínio da forma poética que o consolidaram como um autor multifacetado.
Em 2022, Bert Jr. continua a explorar novas formas literárias com o lançamento do livro de contos Do incisivo ao canino (Ed. Versiprosa), uma coletânea que revela seu talento para construir personagens e cenários envolventes.
No mesmo ano, publicou Nevoandeiro (Ed. Kotter), reafirmando sua habilidade com a poesia, desta vez com uma abordagem mais madura e densa.
O ano de 2023 foi particularmente produtivo para o autor, com a publicação de Vi & Verei, uma coletânea de poemas curtos, frases e axiomas, e Sem pé com cabeça - crônicas do século 21, ambos pela Editora Labrador. Essas obras destacam sua capacidade de trabalho com a visão geral e o humor crítico, características que também marcam sua trajetória.
Sua mais recente empreitada literária, o romance Antes do fim do riso, revela um novo lado de Bert Jr., agora como romancista. A obra, cheia de surpresas e camadas, confirma seu domínio sobre diferentes gêneros e formatos, consolidando-o como uma das vozes mais versáteis e promissoras da literatura contemporânea.
Sobre sua obra mais recente:
Antes do fim do riso, traz uma sátira inteligente sobre o controle social e a repressão de emoções humanas básicas, como o riso. A ideia de uma "facção anti-humor" à frente de uma nação servil coloca em evidência o absurdo de tentar suprimir algo tão natural e espontâneo quanto ao humor. Quando os sinais de riso começam a ressurgir, o texto sugere que, assim como a natureza no fim do inverno, o humor é irreprimível e encontra sempre uma forma de voltar. A necessidade urgente de "coibir as influências" reflete, de forma irônica, o conflito entre o desejo de controle e a manifestação da vitalidade do espírito humano.
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